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PROJETO MEMÓRIA

A HISTÓRIA DA SBPA-RJ

Filiada a International Association for Analytical Psychology (IAAP), com sede em Zurique, Suíça.
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Da Fundação à Atualidade

28 Anos de Trabalho e Estudo

A Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica/Regional Rio de Janeiro, foi fundada oficialmente em 24 de maio de 1994, sendo seus membros fundadores:

  • Gloria Lotfi

  • Marcia Gebara

  • Marcos Alexandre Gebara Muraro

  • Marfiza Ramalho Reis

  • Marilda Capua

  • Paulo Cesar de Pinho

  • Sonia Maria Gomes

  • Suely Engelhard

  • Zelita do Prado Seabra

Da Fundação à Atualidade

Conquistas e Marcos Históricos

Como a representante oficial na cidade do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, sediada em São Paulo e filiada a International Association for Analytical Psychology (IAAP), com sede em Zurique, Suíça.

Sua Primeira Diretoria Eleita, em Assembléia Geral no dia 24 de maio de 1994, teve a seguinte composição:

1ª Diretoria – 1994/1996

 

Presidente:
Gloria Lotfi

 

Diretor de Administração e Finanças:
Marfiza Ramalho Reis

 

Diretor de Publicação e Biblioteca:
Sonia Maria Gomes

 

Diretor de Cursos e Eventos:
Suely Engelhard

 

Diretor de Ensino:
Marcos Gebara Muraro

Para o Biênio 96/98, através de votação em Assembléia Geral datada de 21 de maio de 1996, nova diretoria se compôs da seguinte maneira:

2ª Diretoria – 1996/1998

 

Presidente:
Marcos Gebara Muraro


Diretor de Administração e Finanças:
Suely Engelhard


Diretor de Publicação e Biblioteca:
Sonia Maria Gomes

 

Diretor de Cursos e Eventos:
Marfiza Ramalho Reis

 

Diretor de Ensino:
Gloria Lotfi

Em nossa terceira diretoria para o biênio 98/00, eleita em Assembléia Geral no dia 26 de maio de 1998 que assim se compõe:

3ª Diretoria – 1998/2000

 

Presidente:
Paulo Cesar de Pinho

 

Diretor de Administração e Finanças:
Sonia Maria Gomes

 

Diretor de Biblioteca e relações Externas:
Marcos Gebara Muraro

 

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Gilberto Cavalcanti

 

Diretor de Ensino:
Fernando Cavalheiro

4ª Diretoria – 2002/2003

 

Presidente:
Sigrid Haikel

 

Diretor de Administração e Finanças:
Lilia Modesto Leal Correa

 

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Sonia Maria Havas
 

Diretor de Ensino:
Márcia Gebara

5ª Diretoria – 2003/2005

 

Presidente:
Angeli Chaves Martins


Diretor de Administração e Finanças:
Maria Amélia Lima Araújo

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Noemia Kraichete
 

Diretor de Ensino:
Lilia Modesto Leal Correa

6ª Diretoria – 2005/2007

 

Presidente:
Angeli Chaves Martins


Diretor de Administração e Finanças:
Celso Magalhãoes da Cruz Lima

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações
Lilia Modesto Leal CorreaLilia Md
 

Diretor de Ensino:
Noemia Kraichete

7ª Diretoria – 2007/2009

 

Presidente:
Márcia Gebara

 

Diretor de Administração e Finanças:
Lilia Modesto Leal Corrê
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Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Celso Magalhães da Cruz Lima
 

Diretor de Ensino:
Sigrid Haikel

8ª Diretoria – 2009/2011

 

Presidente:
Glória Lotfi

Secretaria:
Vera Lúcia Maf
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Diretor de Administração e Finanças:
Maria Amélia Lima Araújo 

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Cynthia Pereira Lira

 

Diretor de Ensino e Instituto de Formação:
Marfiza Ramalho Reis

9ª Diretoria – 2011/2013

 

Presidente:
Glória Lotfi


Diretor de Administração e Finanças:
Marfiza Ramalho Reis

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Alexandre Alves DomingosLilia Md
 

Diretor de Ensino e Instituto de Formação:
Elizabeth Christina Cota Mello

10ª Diretoria – 2013/2015

 

Presidente:
Elizabeth Christina Cotta Mello

 

Diretor Administração e Fiscal:
Carla Maria Portella Dias Bezerra

 

Diretor de Cursos/Eventos e Publicações:
Maddi Damião Junior
 

Diretor de Ensino:
Cynthia Pereira Lira

11ª Diretoria – 2015/2017

 

Presidente:
Maddi Damião Junior

Diretor Administrativo e Secretaria:
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor de Finanças e Tesouraria:
Carla Maria Portella Dias Bezerra

Diretor de Publicações e Biblioteca:
Alexandre Alves Domingos

Diretor de Cursos e Eventos:
Cynthia Pereira Lira
 

Diretor de Ensino:
Elizabeth Christina Cota Mello

12ª Diretoria – 2018/2020

 

Presidente:
Maddi Damião Junior

Diretor Administrativo e Secretaria:
Alexandre Alves Domingos

Diretor de Finanças e Tesouraria:
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor de Publicações e Biblioteca
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor de Cursos e Eventos
Carla Maria Portella Dias

 

Diretor de Ensino
Cynthia Pereira Lira

13ª Diretoria – 2020/2022

 

Presidente:
Elizabeth Christina Cotta Mello

 

Diretor Administrativo e Secretaria
Alexandre Alves Domingues

 

Diretor de Finanças e Tesouraria:
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor de Publicações e Biblioteca:
Marcelo Fiorillo Bogado
 

Diretor de Cursos e Eventos:
Carla Maria Portella Dias

 

Diretor de Ensino:
Cynthia Pereira Lira

14ª Diretoria – 2022/2024

 

Presidente:
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor Administrativo e Secretaria:
Gloria Lotfi

Diretor de Finanças e Tesouraria:
Celso Magalhães Cruz Lima

Diretor de Publicações e Biblioteca:
Suely Engelhard

Diretor de Cursos e Eventos:
Elizabeth Christina Cota Mello

 

Diretor de Ensino:
Cynthia Pereira Lira

15ª Diretoria – 2024/2026

 

Presidente:
Marcelo Fiorillo Bogado

Diretor Administrativo e Secretaria:
Suely Engelhard

Diretor de Finanças e Tesouraria:
Sonia Maria Gomes

Diretor de Publicações e Biblioteca:
Zara de Oliveira Freitas

Diretor de Cursos e Eventos:
Loiva Lourdes Kerber

 

Diretor de Ensino:
Elizabeth Christina Cotta Mello

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Diretoria Atual

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Marcelo Fiorillo Bogado
 Presidente

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Suely Engelhard
 Diretora Administrativa  e Secretaria

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Elizabeth Christina Cotta Mello
Diretoria de Ensino

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Sonia Maria Gomes
 Diretor Financeiro

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Loiva Lourdes Kerber
 Diretoria de Cursos e Eventos

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Zara de Oliveira Freitas
 Diretora de Biblioteca e Publicações

Membros Intitulados

da SBPA-RJ

  • Alberto Rodrigues Camara De  Carvalho

  • Angeli Chaves Martins

  • Carla Maria Portella Dias

  • Cynthia Pereira Lyra

  • Damaris Vieira Novo

  • Elizabeth Christina Cotta Mello

  • Gilberto Cavalcanti

  • Gloria Lotfi

  • Lilia Modesto Leal Correa

  • Loiva Lourdes Kerber

  • Marcelo Fiorillo Bogado

  • Maria Amelia Lima Araujo

  • Paula  Costa

  • Paulo Cesar De Pinho

  • Sonia Maria Gomes

  • Suely Engelhard

  • Zara De Oliveira Freitas

PROJETO MEMÓRIA

Essa história burocraticamente expressa, encobre significados maiores que na verdade são os dados que fundamentam nossa tradição e criam nossa cultura institucional.

 

Como bem nos ensina nosso mestre JUNG – “nada é por acaso” – Vamos, portanto compartilhar através dos símbolos que a história da fundação de nossa regional RJ contém, as sincronicidades vivenciadas.

 

Era uma vez um grupo de estudos formado no Rio de Janeiro por Carlos Amadeu Botelho Byington, para estudar as fundamentações teóricas da Psicologia Analítica de C.G.Jung.

 

Em São Paulo já havia desde a década de 70 um grupo que estudava, em reuniões semanais, a obra de Jung. Este grupo compunha-se de Glauco José Rizzardo Ulson, Carlos Roberto Martins Lacaz, Iraci Galiás, Nairo de Souza Vargas, Mery Dom Rosemblit, de São Paulo, com graduação em Medicina (e tinham como analista o belga Leon Bonaventure radicado em São Paulo desde 1968 e que havia feito analise Junguiana na Europa) José Lames de Castro Barros (Belo Horizonte) e Frederico Lucena de Menezes (Ribeirão Preto).

Em 1975, centenário do nascimento de Jung, houve inúmeras atividades culturais no Rio e em São Paulo, além de Curitiba, Belo Horizonte e Ribeirão Preto, para comemoração de data tão significativa. A partir da conferência realizada no MASP (Museu de Arte de São Paulo) com o título “Jung Psicanálise, Educação e Cultura, Um Problema ideológico (Ver. Vozes, dez 1975) é que este grupo estudante dos pensamentos de Jung, convida Carlos Byington (formado no instituto de C.G. Jung, IAAP, 1960/65) para coordenar seus seminários a partir do segundo semestre de 1975.

 

Em 1976 o psiquiatra Walter Fonseca Boechat (RJ) que havia começado sua formação em Zurique e a psicóloga Maria de Lourdes Felix Gentil, ex-analizanda de Gerhard Adler e formada pela Pontifícia Universidade de Londres, se incorporam ao grupo de estudo paulista.

 

Este grupo e Leon Bonaventure convidaram em 1977 o analista Robert Stein, de Los Angeles e posteriormente o presidente em exercício da IAAP, Adolph Gugenbhül-Craig, a virem ao Brasil para realizarem palestras e coordenarem seminários e supervisões, ocasião em que o grupo brasileiro foi considerado apto a fundar a Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA). Fundada em 13 de março de 1978 foram os seguintes seus membros fundadores: Iraci Galiás(SP), Mery Rosemblit (SP) Maria de Lourdes Felix Gentil (SP), Glauco José Rizzardo Ulson (SP), Nairo de Souza Vargas (SP) Carlos Roberto Martins Lacaz (SP), Carlos Amadeu Botelho Byington (RJ), Walter Fonseca Boechat (RJ – que se graduou no primeiro semestre de 1979 no Instituto C.G.Jung, Zurique) e José Lames de Castro Barros (BH). Roberto Gambini, também formado em Zurique, tornou-se membro associado em 1982.

 

Concominantemente a primeira turma de formação selecionada em São Paulo entre candidatos médicos e psicólogos, com um mínimo de dois anos de prática clínica, e a paritr de um grupo de estudos aqui no Rio de Janeiro organizado e coordenado por Carlos Amadeu Botelho Byington, nasce a 1ª turma de formação da SBPA, em 1979.

 

A primeira turma de formação no Rio de Janeiro foi composta não por todos os participantes do grupo de estudo inicial. Ela foi a semente plantada que no futuro germinaria na Regional Rio de Janeiro. Mais até isso se dar, muita história há de ser contada.

 

De início a turma de formação de 1979 era composta por sete pessoas das quais apenas cinco concluíram o currículo de oito semestres, acrescidos de mais dois para a realização da monografia. Foram eles: Gloria Lotfi (psicóloga clínica), Henrique de Lima Martins Torres (psicólogo clínico), Marcos Alexandre Gebara Muraro (médico psiquiatra), Pedro Rocha Lima (médico psiquiatra), e Zelita Seabra (filósofa e psicóloga clínica).

 

A carga horária de atividades, era de oito horas semanais, assim distribuídas: seis horas de seminários, divididos em dois dias semanais, e duas horas de supervisão em subgrupos. Até o final do curso, as horas de análise exigidas a cada candidato eram, no mínimo, trezentas (300)

Esta primeira turma começa sua formação no consultório de Carlos A. Byington, à Rua Pereira Guimarães, 72 conjuntos 504/505, Leblon, com o seminário das terças-feiras sendo ministrado por Byington, e ou das quartas-feiras por Walter Boechat. Analistas vindos de São Paulo, entre eles: Iraci Galias, Mery Rosemblint, Glauco Ultson, Frederico e Carlos Roberto Martins Lacaz completam o ensino semanalmente, às sextas-feiras e sábados.

 

Os remanescentes desta “turma-semente” confidenciam que a formação foi para eles uma época de muita alegria, “maravilhosa”, pois após os seminários das sextas-feiras à noite, saíam para jantar, bater papo, criando uma relação muito íntima e amiga com os paulistas que vinham dar os seminários. Há o registro especial de um baile a que foram, após um seminário de Iraci Galias, onde “parecíamos um bando de adolescentes” e de uma ida à Petrópolis, quando fizeram a vivência mítica de Eros e Psique, conduzida por Ian Baker. 

Quando já estavam escrevendo suas monografias, provavelmente em 1983, foram a Teresópolis, onde novamente sob a orientação de Ian Baker, vivenciaram o mito de Electra.

 

Como estamos vendo, a época da semeadura é um período de muita tarefa, mas de muita alegria, esperança e comemorações. Todos os rituais em homenagem aos deuses Agrários são ricos em danças, brincadeiras, risos e felicidade. Este é o espírito bem representativo desta turma de 1979.

 

Em 1983, é realizada a seleção para a segunda turma de formação, que se inicia no dia 12 de março de 1984, de início composta por treze participantes: Álvaro Pinheiro Gouveia (psicólogo clínico), Carlos Augusto Belo (psicólogo clínico), Julieta Maria Noronha (psicóloga clínica), Marcia Gebara (psicóloga clínica – mestra em psicologia), Marilda Maria Vicentina Capua (psicóloga clínica), Marfiza Ramalho Reis (psicologia clínica), Olga Regina Frugoli Sodré (psicóloga clínica), Onira de Carvalho Barros (psicóloga clínica), Paula Pantoja Boechat (médica psiquiatra), Paulo Cesar de Pinho (psicólogo clínico), Phillipe Barroso Bandeira de Mello (psicólogo clínico), Sonia de Andrade Guimarães (psicóloga clinica) e Suely Engelhard (psicóloga clínica), e que finalizou com sete.

Esses foram os que se formaram: Julieta Maria Noronha, Marcia Gebara, Marilda Maria Vicentina Capua, Marfiza Ramalho Reis, Paula Pantoja Boechat, Paulo Cesar de Pinho e Suely Engelhard. Julieta Maria Noronha após aprovação da monografia pediu seu desligamento por questões pessoais, e Paula Pantoja Boechat, após algum tempo de formada, pediu seu afastamento, quando o Instituto Junguiano foi reconhecido pela IAAP, tornando-se membro fundador desta entidade.

 Durante o período de formação esta turma passou por mudanças bastante significativas, não só quanto ao local físico de aprendizado, mas também quanto às vivências internacionais do grupo, e dele com a instituição.

De início os seminários aconteciam às segundas feiras pela manhã, e quartas-feiras à noite, ministradas respectivamente, por Carlos A. Byington e Walter Boechat na Rua Humaitá, num salão onde funcionava a academia de balett de Eliane Pouzzo. De quinze em quinze dias, vinham de São Paulo, para seminários e supervisão às sextas-feiras, Iraci, Nairo, Boris, Cidinara, Malvina Mustcat, Taboada, Capelo, entre outros. Paralelo a isto havia duas horas de supervisão semanal em subgrupos.

No segundo ano de formação desta turma, os membros analistas recem formados da turma de 1979, passaram a coordenar seminários e supervisões, sendo que em janeiro de 1995, foi ministrado por Marcos Gebara e Pedro Rocha Lima, um Curso de Psicopatologia Geral.

 

A partir do terceiro ano da turma de 1984, os seminários passaram a acontecer no consultório de Gloria Lotfi, gentilmente cedido. Aliás, este consultório já havia sido usado para reunir, pela primeira vez, os integrantes da turma de 1984, para que se conhecessem entre si e aos professores/supervisores membros analistas da SBPA, recebessem o currículo do primeiro semestre letivo e as boas vindas.

 

Durante a formação, a turma de 1984, teve muitos momentos de alegria, congraçamento e realização. Alguns de seus integrantes já haviam participado, em Campos do Jordão, em novembro de 1983, do VI Moitará sobre “Os Símbolos do Carnaval”. O Moitará é um encontro regular, promovido pela SBPA, para promover trocas interdisciplinares entre os analistas e profissionais de diferentes áreas. 

Entre 1984 e 1987, vários convidados estrangeiros vieram ao Brasil, tendo este grupo a chance de assistir a palestras, ter supervisão e participar de vivencias por eles coordenadas. Podemos nos lembrar do Karl W. Bash, autor do livro "Psicopatologia General", que deu uma belíssima supervisão a uma trainee do Rio, baseando-se na interpretação dos sonhos do analisando.

 

Em 1986 foi a vez do Dr. Pierre Solié dar palestra em São Paulo e Rio de Janeiro para divulgação do seu livro “Mitanálise Junguiana”, além de supervisionar casos apresentados por Trainees nas duas cidades.

 

Finalmente em 1987 acontece a vinda do Dr. Ian Baker, que além da eficiente supervisão administrada de um caso clínico apresentado por uma trainee, trouxe o vídeo da peça Orestéia, de Ésquilo, encenada em Epidauro (Grécia) pelo London Theater, sobre o qual proferiu a palestra, interpretando-o analiticamente.

 

Nesta mesma época, novembro de 1987, Dr. Ian Baker, junto com o grupo de Trainees do Rio, realiza a vivência desta história mítica, em uma casa localizada na belíssima praia de Itacoatiara, em Niterói. Este foi um momento mágico, de grandes trocas e profundas avaliações do grupo como um todo e de cada componente em si.

 

Ainda em 1984, acontece o VII Moitará: “O Corpo Simbólico”. Um evento repleto de vivencias interessantes e sincronísticas ao tema.

 

No meio do terceiro ano – 1986 – Carlos A. Byington, o iniciador de todo esse processo, decide se fixar, definitivamente, em São Paulo. Com isso a turma de 84 e os demais membros analistas ficam sem seu mentor e criador. 

O final deste terceiro ano e todo quarto ano seguinte foi um período de muitas questões, desentendimentos e frustrações. O que antes fora prazer, companheirismo, satisfação, quando boas parcerias se fizeram, se reverte em um clima mais triste e desconexo. Mesmo assim, na finalização do quarto ano do curso – em 1987 – quando então cada um iniciaria a realização de sua monografia, os sete trainees se reúnem em uma festa de confraternização, com a presença de familiares e amigos convidados, além dos membros analistas do Rio e São Paulo, na mesma casa onde se dera a vivência da Orestéia.

 

A festa varou a madrugada, viu-se o dia amanhecer, e este foi um momento mágico, de profundo significado – a lembrança que se gosta de Ter.

 

Aqui uma ressalva importantíssima se impõe. De São Paulo compareceram à festa, Maria Zélia de Alvarenga e seu marido, a quem a turma de 84 sempre dedicará um especial carinho e afeição.

 

Os anos de 1988, 1989 e 1990 foram de “moratória existencial”. Em 87, logo após a turma de 84 concluir seus compromisso acadêmicos, Pedro Rocha Lima pediu afastamento da Sociedade e Walter Boechat, confirma seu desligamento da instituição, para ser fundador do seu próprio instituto.

 

Desde o ano de 1988, surge a força de uma pessoa, que se entrega de corpo e alma a árdua tarefa de manter acesa a chama desta casa: nossa querida Gloria Lotfi, com o apoio de seus colegas da “turma-semente” Marcos Alexandre Gebara e Zelita Seabra.

 

Gloria, se dispõe a ir, durante quatro anos, semanalmente, à São Paulo, onde criou-se para ela o cargo de “Diretora Administrativa”, junto ao Rio de janeiro, para poder participar das reuniões ficando a par do que estava acontecendo, aprendendo de que maneira se administrava esta instituição e, em suas palavras: ...”ao mesmo tempo que refrescava a memória dos paulistas quanto à existência de um grupo ligado a SBPA, no Rio de janeiro. Para poder fazer isso, trabalhava dois dias lá; era uma maneira de custear minhas viagens”... 

Devido a todos os complicadores e impedimentos a diretoria de São Paulo não desejava que outra turma se organizasse no Rio. Foi a insistência de Gloria, Marcos, Zelita e de alguns dos recem formados, visto outros achavam também “impossível” uma nova turma acontecer, que finalmente São Paulo deu seu aval.

 

Então, em 1989, foi feita uma seleção da qual participaram, entre outros, pessoas vindas de um grupo de estudo orientado por Walter Boechat. Nesta ocasião as entrevistas des seleção tiveram que acontecer em São Paulo, devido ao pequeno número de membros analistas no Rio que poderiam participar delas sem maiores interferências.

 

Esta terceira turma sofreu, desde seu início, onde certezas tornavam-se dúvidas, pois, ao fim da seleção apenas cinco pessoas foram consideradas aptas entre doze candidatos. Foram elas: Fernando Cesar Rodrigues Cavalheiro (médico homeopata); Gilberto Cavalcanti (psicólogo clínico e organizacional); Rosane Sabbag (psicóloga clínica); Sonia Maria Havas (psicóloga clínica)  e ............., de São Paulo).

 

 Como pelo estatuto da instituição reza que uma turma de formação não se inicia com menos de seis participantes, esses cinco aprovados tiveram que exercer a difícil arte da paciência e da confiança, pois somente num outro processo seletivo ocorrido um ano após, 1990, chegou-se ao número mínimo exigido. Nesta ocasião apenas dois candidatos foram aprovados: Angela Pinageal (psicóloga clínica) e Sonia de Andrade Guimarães (psicóloga clínica).

 

Os anos 89/90 foram de muita pressão, aflição, desencorajamento, mas paralelamente de luta, heroísmo e não conformismo. Em 1989 dentro de todo esse clima pesado e cansativo, um membro analista de 1ª turma de São Paulo, Sonia Maria Gomes, resolve mudar-se para o Rio de Janeiro. Para nós, da SBPA do Rio, era um trunfo a que nos agarramos, pois isto representou para o grupo um pequeno sinal, mas altamente significativo, de que novas possibilidades de mudança e criatividade, estavam se iniciando. Sonia Gomes confiou em nós, e isso era um dado importante de ser levado em conta.

 

Em suas palavras ela nos diz: “quando cheguei aqui o clima era muito pesado, depressivo, tanto no grupo como em cada um individualmente. Mas, apesar disto, fui recebida com muito afeto e carinho. As portas abriram-se para mim, todos me puxando para cá, me acolhendo e dando força”.

 

Durante este período de moratórias, voltamos a nos reunir, onde tudo havia começado, à Rua Pereira Guimarães, 72 conj. 504/505, agora consultório de Marcos Gebara e sede “oficiosa” da SBPA. Fomos as nossas origens nos fortalecer.

 

Se, como já disse, a turma de 1979 foi a semente.., a de 1984 foi a representante da fertilização das sementes em seu processo de desabrochar, rompendo suas cascas, que encapsularam o broto da árvore que irromperá. Já a terceira turma, a de 1991, era o broto tenro, que frágil, precisa ser bastante cuidado e protegido para vingar e desenvolver-se. Portanto, todo cuidado foi pouco e muitas vezes o sentimento de morte eminente se fazia presente. “Não tínhamos certeza se iríamos sobreviver”. , nos confidenciou um de seus componentes.

 

Uma vez composta a 3ª turma precisávamos encontrar um local para a instalação oficial de nossa sociedade. Coube a Marfiza Ramalho Reis, guiada por sua intuição, descobrir o primeiro espaço de nossa sede, à rua general Urquiza, 128/102, Leblon. Era um apartamento amplo, com quatro grandes salas e duas menores. 

Para que pudéssemos instalar ali a nossa sede se fez necessário que alguns de nós ali instalássemos nossos consultórios, pois assim repartiríamos as despesas com a SBPA, nos ajudando mutuamente. Essa troca foi compartilhada por Marilda Capua, Paulo Cesar de Pinho, Sonia Maria Gomes e Suely Engelhard.

 

Tem, então início, a formação da 3ª turma, ocorrendo a primeira reunião dos Trainees com os membros analistas, uma recepção de boas vindas com a entrega do programa curricular, no consultório de Marfiza Ramalho Reis, à Rua José Linhares, 138/201, Leblon, pois a sede que estava sendo pintada e sofrendo pequenos reparos, só estaria pronta no início de março.

 

A aula inaugural da turma de 1991 foi proferida por Carlos Byington, que contou um pouco da história de sua formação em Zurich, de sua participação no enterro de C.G. Jung (fato que só mais tarde compreendeu o valor da dimensão do significado), de sua atuação no Brasil (Rio – SP) na divulgação do pensamento junguiano e da importância do fortalecimento do Rio de Janeiro.

 

Durante a formação da turma de 1984, Byington promovia almoços e jantares de congrassamento em sua residência, bem como Paula e Walter Boechat e, a então trainee, Suely Engelhard. Zelita Seabra, inovando, ofereceu alguns “brunchs” em seu delicioso apartamento. Byington fazia questão de reforçar em todos nós a importância dos vínculos do que ele denominara “família social”. Acho que esse lugar ficou e, ainda está, um pouco esquecido entre nós, precisando ser relembrado.

 

No decorrer da formação da turma de 1991, cuja carga horária agora era mais aliviada – quando vinha alguém de São Paulo em um seminário deixava de ser dado naquela semana – houve muita satisfação com o comparecimento dos paulistas, citados como excelentes: Byington, Iraci, Nairo e por outro lado descontentamentos e reclamações. Uma que ficou bem registrada foi o “passa fora que a turma levou, logo de cara, de Mery Rosemblit e Zelita Seabra, foi horrível”(comentários de uma trainee da época).

Entre muitos trancos, solavancos e sacolejos a turma foi acontecendo, e já, em seu primeiro ano puderam Ter contato com um analista estrangeiro que nos visitou: Dr. Andrew Samuels, da Society of Psychology of London e representante do então presidente Dr. Thomas Kirsch, como mediador na questão SBPA – Instituto Junguiano. Andrew Samuels autor de diversos livros, entre eles: Dicionário Clínico de Analise Junguiana, Jung e os pos-Junguianos, A Psique Plural, etc..., proferiu palestras (O espelho e o Martelo: Psicologia profunda e Transformação Política, em 20/5/91 no auditório da UFRJ) e deu  supervisão para um caso apresentado por uma Trainee do Rio.

Andrew levou todos nós a fazermos algo diferente do habitual. Suely Engelhard, sua filha Larissa Engelhard (servindo de intérprete) e Paulo Cesar de Pinho foram parar no estádio do Caio Martins, em Niterói, para juntos a ele assistirem um jogo de football do Botafogo com o Grêmio do Rio Grande do Sul.

 

Os trainees de 91 levaram Andrew para um jantar e depois para dançar, respectivamente no Bar Luiz e na Asa Branca. Ele trabalhou, mas também nos deu trabalho.

 

No ano de 1992, é admitida, em 21 de julho, nossa secretária Mariana Luiza Lopes, que “vestindo a camisa de nosso time” está conosco até os dias de hoje, com um breve tempo de dois meses de afastamento, por motivos pessoais. Mariana tem sido nossa guardiã administrativa, dedicando-se a instituição e seus componentes com muita responsabilidade, afeto e seriedade. 

Entre 25/10 e 1/11/92 recebemos novamente o Dr. Ian Baker que proferiu conferencias, uma delas no auditório da PUC/RJ e as demais na sede da SBPA, e levou a turma de Trainees para uma vivência mítica onde trabalharam com o mito de Édipo e Medéia. Essas vivencias ocorreram numa bela casa de praia, em Saquarema, Estado do Rio.

 

O mito de Medeia Dr. Ian trabalhou com os membros analistas de são Paulo e Rio de Janeiro, num hotel em Barra do Una, praia do litoral paulista, sendo esta experiência “assustadoramente” intrigante, visceral, formaram-se grupos de discussão sobre o tema, sendo que um dos grupos formado por analistas mulheres e mães envolveu-se profundamente com os questionamentos surgidos, a ponto de todos os demais grupos já terem encerrado suas discussões, e este grupo permanecia altamente envolvido, debatendo, ampliando simbolicamente o tema, algumas defendendo Medeia e outras a acusando. Na verdade o que o grupo sentia é que Medéia aflorava em cada um dos seus componentes, sendo uma participante ativa do grupo, reivindicando compreensão e discussão ”analítica” de seus atos.

A ano de 1994 não foi dos mais fáceis. A sombra institucional nos diversos segmentos se fez sentir. Na turma em formação houve uma grave questão entre seus componentes, que gerou muita angustia, raiva, desconforto, irritabilidade, descontentamento e tristeza entre todos, e que se interrelacionou com vivências semelhantes em outros segmentos da SBPA. Como nos mostra a Alquimia – “o que está em cima, está embaixo”.

Não foi por acaso “que o Moitará do ano anterior, de 1993, o IX Moitará foi sobre “A Vida e a Obra de Nelson Rodrigues", esse autor passional e revelador de nossos mais recônditos segredos, desejos e sentimentos lascivos. Neste encontro em Campos do Jordão, entre 26 e 28 de novembro de 1993, nossas colegas Gloria Lotfi e Marfiza Reis, conduziram o workshop vivencial da peça “Beijo no Asfalto”, um dos momentos de profundo contato com o mundo subjetivo imagético. Quem participou desta vivência teve a oportunidade de conhecer seus fantasmas, exorcizá-los, não mais temê-los, e sim respeitá-los. Quem não a viveu...

 

Dos conflitos e desconfortos de 94, quando os consultórios instalados na sede da SBPA dali se retiraram, ventos novos e (re) novadores sopraram. Foi feita uma grande reforma no imóvel que estão ganhou cores vibrantes e claras – laranja, amarelo, areia – sendo neste ano oficializada a instituição mediante os esforços pessoais de Gloria Lotfi e Marfiza R. Reis, que deixando de lado suas necessidades pessoais, cederam tempo e energia para que a SBPA passasse a existir de direito e de fato. Se hoje contamos com uma Sociedade que se prepara para realizar um grande evento internacional no ano 2000, temos que ser gratos ao esforço dessas duas colegas que lutaram pela oficialização de nossa instituição.

 

Neste mesmo ano termina os quatro anos de seminários e supervisões, e a turma de 91 prepara as monografias de conclusão do curso para serem apresentadas no máximo em dois anos.

 

Esta turma, simbolicamente o broto em desenvolvimento... cresceu, solidificando-se.

O INDIVÍDUO

 "Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é".

- Carl Jung

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